sábado, 28 de agosto de 2010

Essa matéria do Jornal O Dia é um alerta:

28/08/2010

Rio: capital dos jovens acima do peso e obesos


Cidade é a vice-campeã em alunos gordos, segundo pesquisa do IBGE. Em 10 anos, 66% dos brasileiros estarão fora de forma

POR MARIA LUISA BARROS

Rio - Os estudantes cariocas estão acima do peso, são sedentários e se alimentam muito mal. Os resultados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), realizada pelo IBGE em 2009, colocam o município do Rio em segundo lugar no ranking nacional da obesidade, com 8,9% dos estudantes, atrás apenas de Porto Alegre (RS). A capital fluminense também é a vice-campeã no número de adolescentes com sobrepeso. Na cidade, 18,3% dos jovens estão gordinhos.

A pesquisa avaliou o perfil nutricional de 60.973 — 2.984 no Município do Rio — jovens matriculados no 9º ano do Ensino Fundamental em escolas públicas e particulares nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal. A análise do orçamento doméstico revela que as famílias estão trocando alimentos básicos e tradicionais na dieta brasileira (arroz, feijão e hortaliças) por bebidas e alimentos industrializados (como refrigerantes, biscoitos, carnes processadas e comidas prontas).

O aumento de peso atinge todas as faixas etárias, independentemente do sexo, da região ou da faixa de renda. De acordo com os pesquisadores, nos últimos seis anos, a frequência de pessoas com excesso de peso aumentou em mais de ponto percentual por ano, o que indica que, em cerca de dez anos, o problema vai atingir dois terços da população adulta do Brasil, situação idêntica à dos Estados Unidos.

Sinal de alerta para crianças de 5 a 9: uma em cada três está acima do peso, e também para os adolescentes como Michael Ávila Freitas, 17 anos, que está 42 quilos acima do recomendável. O jovem é um dos 750 pacientes do Núcleo de Obesidade e Risco Cardiovascular (Norc) da Uerj. A mãe, a secretária Eliza Freitas, 43, mudou os hábitos alimentares da família. “Substituí as frituras por alimentos grelhados e ensopados e os biscoitos e refrigerantes, por frutas e verduras”, ensina a mãe.

Tratamento gratuito é oferecido na Uerj

A obesidade está associada a doenças cardíacas, diabetes e hipertensão. Segundo a Organização Mundial de Saúde, crianças com excesso de peso têm maior risco de se tornar adultos obesos. Atento ao problema, o Núcleo de Obesidade e Risco Cardiovascular da Uerj oferece, há oito anos, tratamento gratuito para pacientes acima do peso. “A obesidade é uma epidemia que já preocupa a saúde pública”, afirma o médico endocrinologista Luiz Guilherme Kraemer. De acordo com o especialista, mais de 80% dos obesos chegaram a esse estágio comendo alimentos calóricos e sem gastar energia em esportes ou atividades físicas.

Na Uerj, os pacientes são assistidos por uma equipe formada por médicos, nutricionistas, psicólogos e educadores físicos. “Muitos abandonam o tratamento se não tiver alguém acompanhando os resultados”, diz a médica Eliete Bouskela, especialista em obesidade infanto-juvenil.

Atualmente, o Norc atende 70 crianças e adolescentes com idades entre 4 e 18 anos. “É o público-alvo, porque os hábitos podem ser mudados até a adolescência”, explica a médica Eliete. Além da alimentação ruim, especialistas responsabilizam a violência urbana pelo aumento do peso. “A maioria das pessoas não faz exercícios por causa da insegurança e as crianças não brincam nas ruas”, diz Eliete.

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Então pessoal, o negócio é controlar a alimentação e praticar exercícios regularmente, pra não fazer parte dessa estatística cruel. Vamos pedalar!